segunda-feira, 16 de maio de 2011

E o inverno se aproxima...

Posso sentir o doce vento batendo no rosto. Não é uma brisa qualquer, é o prenunciado do Inverno. Aquele onde o calor humano rege, até o SOL se limita a uma temperatura exata e mais baixa, claro. Amores de verão acontecem e passam... Mas os de inverno ficam. A intensidade que ele causa nas pessoas é inexplicável. Algumas odeiam, ficam com a pele ressecada... Outras, no entanto, querem senti-lo e se fosse possível sempre, gostariam. É a estação da elegância, comilança e menos dilatação corporal! Tem melhor? Não. Os galhos secos das árvores revelam seu mistério e é bonito vê-los. O calor humano se energiza, a necessidade de pessoas ao lado fica mais verdadeira. Tem gente que vê neve no Central Park na época natalina... Mas aqui vemos a neblina cercando as montanhas, sentimos o clima gostoso da união. Não fazemos anjos de neve nem bonecos, mas somos felizes da mesma maneira. Tem gente que desafia o frio e sai ao léu sem camisa ou algo do tipo... Consequência? "Morre congelado." Por isso se prepare bem! Prefira pegar um casaquinho e não desafiar o Inverno e acabar morrendo de hipotermia.   

quinta-feira, 5 de maio de 2011

... Mas medo de amar Deus?

Podemos ir de norte a sul, podemos tentar fugir de Teu olhar... Conseguiremos? Jamais. Ele está em tudo. Extremamente difícil entender, mas quanto maior Seu amor, maior Seu cuidado conosco. Às vezes dizemos estar só, sem um amigo ou alguém que nos entenda... Mas quanto egoísmo não? Tem alguém lá em cima que está contigo a qualquer hora: esteja você fazendo a coisa certa ou errada, sofrendo ou sorrindo... Sempre estará lá. Pronto "prá te dizer" uma palavra de consolo ou puxar as orelhas e fazer pesar a consciência quando necessário. Mas é claro que muita gente tenta escapar, tenta fugir... Ausentar-se. E no fundo, aquilo fica martelando na cabeça dessas pessoas. POR QUÊ se ausentar de um amor tão puro, tão fiel e o mais sincero que se pode existir? Um amor que não te nega sendo você inteligente, menos capacitado (que aliás te capacita)? A razão disso está no orgulho ferido... Por saber que essa é a verdade e teimar em dizer que não. Temer essa intensidade, essa coisa gostosa que se passa a sentir. Já vi medo de monstros, enchentes, tempestades... Mas medo de amar Deus? Existe também. Se não existisse qual a razão para tantas guerras, para tantos homens quererem "desafiá-Lo?" Só pode ser essa. E no final, acabarão igual ao Rei Manassés e admitirão a Verdade que grita no coração e espalha-se aos quatro ventos. E tudo vai mudar... O coração vai quebrantar-se e ficar contrito, cheio Dele.    

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Trajeto

A cena se passa num bar. Ele bebe uísque e ela vinho. Os olhos se encontram, faiscantes; as almas de ambos, escondidas nos olhos, revelando o sentimento, a agonia pela demora do beijo e o próprio. A embriaguez é lenta, e entorpece-os. Aos poucos, as respirações parecem mais abafadas, os corações mais perto um do outro; o silêncio é ensurdecedor, o único barulho ali é o pulsar acelerado dos corações. Mais perto, mais perto, vibram os lábios à espera. De repente... Encostam-se! Ah que quentinho. Roçam-se, trocando palavras secretas, quase que murmuradas. Uma língua sai dos lábios dele à procura dela.  Anda, anda. Vasculha nos dentes; os dentes dela mordem a língua dele. Ambos estremecem. As línguas se tocam, se debatem num ritual sem fim. Os sabores ficam em evidência: “VINHUÍSQUE”... Ah! Um único sabor agora... Que bom!
  Depois de minutos, separam-se, cansados. Ele e ela se olham, entrelaçam as mãos. Pagam a conta. Saem do bar; e o trajeto do beijo não para só nele.