terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ser vip rotineiro...

Eu esperei horas. Arrumei a casa, perfumei a vida. Coloquei flores na janela, limpei os móveis. Passou 13, 14, 15... Agora são 20:00h e nada. Você não vem, eu deveria saber desde o começo. Aquele olhar esquivo, deveria ter suspeitado; não ter gostado... Poderia me causar espanto, mas não. Aquele sorriso matreiro e gostoso, o certo era ter medo dele... Não atração. Tudo aquilo que é bom demais, que aparentemente é inocente  ou não tem defeitos deve gerar desconfiança, não segurança. Sentei no sofá a procura de mim, não me achei. Meus planos entraram em ebulição: evaporaram. Liguei a TV e apareciam casais felizes, outros discutindo... Sabe como é novela. Coisas da vida, meu caro. Imaginei aquela sala com vida, "fazendo amor de madrugada" e assistindo àquele filme de terror num dia frio. Imaginei alguém que discutisse se deveria fazer macarrão ou lasanha no domingo, se o melhor era Flamengo ou Vasco. Imaginei também aquele chocolate gostoso num dia de TPM e tocando a música: "Bleeding Love". O passeio no parque e a versão melosa x romântica da Dama e o Vagabundo: macarrão com almondegas e no final um selinho. Pensei todas essas baboseiras e me veio a palavra VIP na cabeça. Você é VIP de alguém? É o selo de ouro, as cinco estrelinhas da vida de alguém? Foi aí que reparei que eu não passava de uma estrelinha borrada. Parecia que meu céu vivia nublado, me escondendo. Eu criei fantasias e expectativas sobre mim achando que venceria a própria barreira. No fim o que me faltava era a sincronicidade. Peguei o casaco e saí a procura do inesperado, a procura de nada. Foi à toa mesmo. Parei no primeiro bar e pedi ao garçom: "uma dose de felicidade, amor e esperança, por favor." 
"É pra já, dona."
Foi então que avistei os mesmos olhos... Os olhos da pessoa que me deixou esperando e eu ainda pedi as tais coisas que ele havia tirado de mim.
A explicação era simples: ele estava trabalhando. 
Enfim, colegas. Pensamos N coisas a respeito das pessoas, "paranoiamos", ficamos tristes e amuados quando nada teve a ver e até românticos no sentido correto (lembrando-se da tão amada Literatura Brasileira) por algo que não existia. Criamos ficções tolas. Não faça isso com ninguém, saiba que para ter uma resposta é necessária a pergunta.   

terça-feira, 22 de novembro de 2011

"Navegar é preciso..."

Não sei você, mas vira e mexe me sinto fora de conexão com o lugar que vivo. É hora de mudar, buscar novos ares, novas coisas, amigos diferentes. Não desfazer laços, criar mais. Todos mudando, saindo em busca do desconhecido, mergulhando no prazer de tentar, de viver. Cheguei à conclusão que pertenço aos trajetos que percorro... Desconexos ou não. Regeneração é o tema para o ano que se aproxima. Se tiver que dar certo, vai... Se não, a gente inventa. É sempre assim. Só que não adianta planejar e ficar sentado esperando as horas passarem, os fatos acontecerem. Regressão "owned". Aventurar-se. Sentir o medo da solidão, o arrepio da verdade, a dor do constrangimento. Entender que para a liberdade há desafios e muitas dificuldades. Há humilhações. Mas o preço é válido, é bem pago. Nada caro. Melhor do que se estagnar e fingir que é a economia da Grécia: “dizer que tem solução, que tem como pagar a dívida e acalmar a população com demagogia ao invés de literalmente revolucionar o mundo, quebrar várias bolsas e começar uma nova era, um novo modelo econômico, tomar atitude.” A não ser que você seja fã do tédio, das horas arrastadas e improdutivas no Facebook... Então meu caro, pra você não falo nada. Eu já fui assim, admito... Mas unia o meio-termo. Calmaria e moleza são boas, mas como diria meu amado Pessoa: “Navegar é preciso.” Vá! Explore, Sorria, Chore, Cante. Passe fome, frio, medo. Mas cresça, aprenda. Não queira viver na dependência de ninguém. Intitule-se Superman ainda que você seja um Doug Funny, o que importa é fazer valer a pena.   

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pra você..


 É tão bom ouvir sua voz quando eu acordo e poder suspirar de paixão ao te tocar, ao sentir teus beijos. Se isso é loucura, fervor, paixão, ardor, não sei... Esperei tanto por alguém e ele me veio como uma chuva torrencial, causando uma tempestade no meu coração.
Em meio à multidão posso achá-lo, gritar seu nome. Aos sussurros você virá, me reconhecerá. E é assim, está sendo assim. Não quero nada de perfeição, seres humanos que buscam isso no amor sofrem.
Quero é mais que seja imperfeito. Que tenha dias de raiva, mas que segundos depois de tensão e lágrimas tenha aquele abraço gostoso, aquele acalentar de olhares e beijos de amor. Que numa gripe forte um cuide do outro dando xaropes e remédios azedos. Quero assistir futebol com você, vestir a camisa do seu time mesmo odiando. Quero mergulhar nos seus braços comendo pipoca e ver um filme. Num dia frio beber chocolate com leite gelado, porque ambos detestamos leite quente. Eu achei quem precisava e me somasse. Temos falhas, defeitos. A gente sempre precisa abrir mão de algo pra que dê certo... Mas e daí? Quando se quer, certas coisas se tornam supérfluas. A vontade é gritar meu sentimento aos quatro ventos, tamanha a rajada, que daria um vendaval. Como pessoas imperfeitamente belas que somos, nos amamos em nossas imperfeições. Fim.