domingo, 25 de setembro de 2011

Água e fogo


Olha o fogo, olha o fogo, olha o fogo! Ali ó, tá queimando! Queimando passado, queimando roupa velha, queimando velhos amores. Olha ali. Fogo da paixão, fogo queimando a mata, fogo queimando casas. Olha ali o fogo da raiva, o fogo da impaciência... Olha o fogo das guerras. Olha o fogo do pecado, o fogo do fingimento, olha o fogo. Agora, veja bem: tenha água, tenha calma. Olha a água da paz, da limpeza, da pureza. Olha a água que sacia sede. Olha a água que traz calmaria, vontade de viver. Olha a água que você nada. Olha a água que sustenta o vegetal que você come, a água que cuida dos peixes para depois você destruí-los. Olha a água que te deixa vivo. Vivo, vivo, vivo. Prova que é capaz de viver sem ela. A água com o fogo: ele produz luz, a água também. Ele dá calor, a água não, mas refresca. Ele dá proteção, a água liberdade. Eles se contrapõem em qualquer cenário, mas um sem o outro jamais existiriam.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Enfim, sem mais.

Enfim, sem mais. É pertinente. Te amar vai ser bom, vai ser intenso. Posso sentir pelo tom da sua voz, posso sentir pelo seu carinho. Eu tenho medo de envolvimentos, tenho medo de intrigas... Tenho medo da distância. Mas tem uma ligação nisso tudo, sei que tem. É como se um ímã ligasse a gente, é como se uma corrente elétrica existisse há alguns quilômetros de distância. Sentimentos não exigem quilômetros... Exigem sinceridade, lealdade, companheirismo. Exigem compreensão. Eu quero te sentir comigo, quero deitar no seu colo e olhar diretamente nos seus olhos. Quero sonhar com o brilho deles. Quero provar pra muita gente que pra sempre existe. Quero provar do teu sabor, quero amanhecer ao teu lado num domingo nublado. Te acordar numa tarde fria só pra falar "eu te amo" e suspirar de felicidade. Dar boas-vindas sempre. Sorrir-te sempre. Enfim, sem mais.  

Palavrasdesconexascomconexão

As pessoas não sabem amar
As pessoas têm medo de sofrer
As pessoas não querem sentir
As pessoas não querem viver.
Não façam isso...
Lá fora tem tanta poesia, tanto sonho
Tanta coisa também sendo destruída
Você vai ajudar a construir o sonho que foi derrubado
Ou vai se lamentar pelo que nunca foi terminado?
Há sempre uma luz, há sempre um caminho
Há sempre alguém pra não te deixar sozinho.
Se tiver que sofrer, sofra
Se tiver que sorrir, sorria
Se tiver que amar, ame
Mas tenha intensidade, viva intensidade
Seja intensidade. 
Seja você, seja... Seja, seja. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vem não sei como, e dói não sei porquê...

E quanto mais triste eu fico, quanto mais dói te querer, mais eu gosto. Mais me pego pensando em você. Como diria Caio F.: “você me dói de vez em quando.” É frequentemente. Já pedi que isso saísse do meu coração. Eu só te tenho em palavras, em citações. Agora que parcialmente consegui uma resposta, muitas coisas mudaram. Não sei o que basta pra poder te ter aqui. Decidir entre você e não saber a intensidade que isso causaria em mim ou não te ter e fingir que nada do que tá aqui dentro existe. O que é pior? A sua indiferença me mata, sabia? O meu problema é pensar demais, esperar demais. Se eu esperasse menos das pessoas, não falo só de você – de todos – haveria ausência de dor. Talvez eu esteja exagerando, criando um fantasma maluco dentro de mim... Talvez eu só precise me dar uma chance. Eu preciso disso. Você teve tanto tempo, sequer algum desse tempo foi aproveitado comigo, foi quisto passá-lo comigo. Palavras são só palavras, o que mudaria era um ato, só poderia ser isso. E por quê meu Deus, isso dói só em mim? E por quê somente eu sinto essa ausência? Esquisito, é. Mas entre todos os contratempos que foram fantasiados, porque nunca existiu nada além de indiretas e conversas paralelas, me vejo querendo a felicidade. Sou a motorista da vida depois Dele e preciso dela pra viver. Tenho necessidade de sentir paz. Só isso traduz o que você me causa: “Que dias há que na alma me tem posto, um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê". Mas vai passar, eu sei. Eu vou ser feliz sem você. Sempre fui.  

domingo, 4 de setembro de 2011

Vá e sê feliz...

É sério, meu bem. Não adianta você querer colocar uma melancia no pescoço, se fantasiar ou se maquiar toda. Essas coisas não vão esconder teu interior, não vão te deixar mais bela. O que te deixará assim é um sorriso no rosto de verdade, sem culpa de ser quem você é e sem medo de mostrá-lo. Uma naturalidade, nada de mentiras pra si mesma. O que deixa alguém mais bonito é a auto-compreensão, é o perigo de mergulhar na própria consciência mas estar "por dentro" do que ocorre nela. Sem máscaras, sem fingimento. Usar ou não salto, amarrar ou não o cabelo, ter ou não espinhas, se apaixonar ou ser sozinha. Qualquer uma dessas coisas é irrelevante. Bom mesmo é ser você. Bom mesmo é ficar confortável, amar e ser amada ou só ler um livro com cappuccino embaixo do edredom num dia de inverno. Sem crises. Com maluquices. Incluso pequenas doses de ciúme pra dar uma apimentada, mas pequenas... muito pequenas. Incluso e muito incluso doses de carinho num domingo de manhã, ao despertar. E daí que o seu cabelo ou o dele estejam desgrenhados e que é cedinho? Vai, dá um abraço gostoso, olhe nos olhos... Diga eu te amo. Não espere resposta. Por que o ser humano tem essa coisa de ficar esperando do próximo? Faz o que te dá vontade guri ou guria. Faça, simplesmente. Atitude alheia não importa. O que pensam de você não importa. Se tua loucura é tua felicidade, se teu acanhamento é desprazer dos outros, que importa? Vá e sê feliz, a seu modo, é.