Água e fogo
Olha o fogo, olha o fogo, olha o fogo! Ali ó, tá queimando! Queimando passado, queimando roupa velha, queimando velhos amores. Olha ali. Fogo da paixão, fogo queimando a mata, fogo queimando casas. Olha ali o fogo da raiva, o fogo da impaciência... Olha o fogo das guerras. Olha o fogo do pecado, o fogo do fingimento, olha o fogo. Agora, veja bem: tenha água, tenha calma. Olha a água da paz, da limpeza, da pureza. Olha a água que sacia sede. Olha a água que traz calmaria, vontade de viver. Olha a água que você nada. Olha a água que sustenta o vegetal que você come, a água que cuida dos peixes para depois você destruí-los. Olha a água que te deixa vivo. Vivo, vivo, vivo. Prova que é capaz de viver sem ela. A água com o fogo: ele produz luz, a água também. Ele dá calor, a água não, mas refresca. Ele dá proteção, a água liberdade. Eles se contrapõem em qualquer cenário, mas um sem o outro jamais existiriam.
Antítese forte, explorada de um modo inovador. Seu texto saiu do mesmismo empregado por muitos, e você sabe usar repetição na medida certa enriquecendo o jogo de palavras. Isso só consegue quem tem talento, escrever bem qualquer um pode, mas escrever de forma especial é para poucos!
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